quinta-feira, 13 de setembro de 2007

ANTIMONUMENTOS _ expo colectiva em VISEU

ANTIMONUMENTOS
expo comissariada por MIGUEL VON HAFE PÉREZ

GALERIA ANTÓNIO HENRIQUES _ Viseu

INAUGURAÇÃO
_ dia 15 setembro_ sábado

TEATRO VIRIATO _ 18.00
h
GALERIA ANTÓNIO HENRIQUES _ 22.30h com Dj Set _
DJ CLAXON
NB CLUB _ 02.00h DJ set _ Mário Roque







trabalho apresentado nesta exposição por PAULO MENDES _
PRAÇA DE LISBOA / PORTO JANEIRO 2007
Tríptico de fotografias impressas digitalmente / 83x120 cm (cada)
Trabalho inserido no work in progress TRÁFICO / TRÁFEGO (FREEZE FRAME) série de trabalhos em suporte fotográfico e vídeo desenvolvidos desde 1991.

>
Exposição até 20 de Outubro.
com a participação de _
ALICE GEIRINHAS _ ANDRÉ CEPEDA _ ÂNGELO FERREIRA DE SOUSA _ ANTÓNIO OLAIO _ ARLINDO SILVA _ AVELINO SÁ _ BALTAZAR TORRES _ CARLA CRUZ _ CARLA FILIPE _ CARLOS CORREIA _ CARLOS LOBO _ CARLOS ROQUE _ CRISTINA MATEUS _ EDUARDO MATOS _ FERNANDO JOSÉ PEREIRA _ FRANCISCO QUEIRÓS _ HUGO CANOILAS _ ISABEL CARVALHO _ ISABEL RIBEIRO _ JOÃO FONTE SANTA _ JOÃO MARÇAL _ JOÃO SERRA _ JOÃO TABARRA _ JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO _ LUÍS PALMA _ MANUEL SANTOS MAIA _ MIGUEL LEAL MIGUEL PALMA _ NUNO CERA _ PAULO CATRICA _ PAULO MENDES _ PEDRO BARATEIRO _ PEDRO CABRAL SANTO _ PEDRO DINIZ REIS _ PEDRO POUSADA _ PEDRO TUDELA _ VERA MOTA
>
A exposição reúne um segmento significativo de artistas plásticos a reflectir sobre o conceito de antimonumento.

Segundo o comissário: Antimonumentos, porquê?
Porque a reflexão sobre o passado ou sobre o presente nem sempre se produz nas grandes narrativas, nem nos objectos simbolicamente saturados.
Porque à inquietação sobre o real os artistas respondem melhor com dúvidas do que com certezas. Porque os olhares desviantes nos centram nas franjas do previsível. Porque em oposição a uma estratégia curatorial rígida e assertiva se privilegiou a incerteza de respostas inéditas. Porque a energia que um evento desta natureza – um híbrido paradoxal, já que promovido por uma galeria comercial, mas que ultrapassou qualquer quesito economicista -, pode constituir-se como discurso complementar à estratificação dicotómica da arte actual, empurrada para extremos ditos alternativos ou demasiado institucionais. Porque a decisão sobre o que é ou não arte, sobre o que deve ou não ser exposto e sobre o que vincula uma obra ao seu contexto é, em primeira instância, uma decisão individual dos artistas; assim, numa exposição que dá liberdade criativa aos seus protagonistas, esta questão poderá ganhar uma relevância suplementar. Porque a arte tem uma tendência para se levar demasiado a sério, e é nos momentos de dúvida, experimentação e derisão que frequentemente melhor se expressa. Porque a cumplicidade é aqui assumida, reiterada e exposta. E, finalmente, porque tal como alguém que teimosamente se dedica à divulgação da arte contemporânea numa cidade do interior deste país, é na persistência de pequenos gestos que se consegue tornar a realidade mais habitável, na construção de comunidades que consigam olhar criticamente o que produzem e, quando possível, alargando o seu espectro de acção para comunidades que lhe serão, à partida, alheias.